Cenário internacional
Estados Unidos: O mandato de Donald Trump terminou, mas a sua gestão foi submetida novamente ao escrutínio do Congresso estadunidense. No decorrer dos últimos dias foi discutido o processo de impeachment do ex-presidente, mas a maioria de 2/3 necessária no Senado para a condenação de Trump não foi obtida. O resultado final ficou em 57 a favor do processo (50 democratas e independentes + 7 republicanos) e 43 pela absolvição (todos republicanos).
A discussão foi centrada na suposta incitação de Donald Trump à invasão do Capitólio, que deixou cinco mortos e dezenas de detidos no dia 06 de janeiro.
Sendo assim, Trump segue como figura forte entre os republicanos, mas a votação demonstrou que alguns membros do partido já se posicionam de forma contrária ao seu estilo político.
Itália: O ex-presidente do Banco Central Europeu, "Super Mario" Draghi, aceitou o convite para estruturar um governo de coalizão na Itália. O herói do Euro tentará reerguer a economia da sua terra natal, uma das mais atingidas pela pandemia no continente europeu.
Fonte: The Guardian
Angela Merkel (chanceler alemã) e Emmanuel Macron (presidente francês) congratularam Draghi e incentivaram o colega a contribuir para um "novo multilateralismo" na Europa.
É bolha?
A perspectiva de uma forte recuperação após o choque da pandemia e o banho de liquidez que os bancos centrais têm oferecido às economias globais podem estar criando condições para episódios de exuberância irracional no mercado.
Nesse contexto, diversos analistas e gestores apontam para bolhas em todas as arestas do mercado, torcendo para estarem certos e serem estrelas de um "Big Short 2". No caso dos criptoativos, mais especificamente o Bitcoin, a narrativa não é nova. Dentre os principais fatores de risco apontado por especialistas das Finanças, o principal é a impossibilidade de se estimar um valor intrínseco da criptomoeda (se é que isso é possível de fato com qualquer ativo).
A questão é que o Bitcoin teve uma semana...exuberante. O anúncio de que a Tesla investiu R$ 1,5 bilhão na moeda como parte da sua estratégia corporativa causou uma disparada no preço do ativo, que está cada vez mais no radar de grandes empresas e instituições financeiras. Seria um ponto de inflexão para o Bitcoin?
Semanas antes desses eventos, o lendário Ray Dalio escreveu um pouco sobre a sua visão a respeito da criptomoeda: What I Think of Bitcoin. Vale a pena a leitura.
O Bitcoin tem apresentado uma volatilidade tão forte em 2021 que nem cabe comparar com qualquer semana de 2020. Tal amplitude de movimentos no preço do ativo não foram vistas nem no ápice da crise do coronavírus.
Gráfico semanal de BTCUSD (Bitcoin em Dólares)
Fonte: TradingView
Cenário doméstico
No Brasil, alguns desdobramentos importantes para a economia do país ocorreram nessa semana. Um deles foi a confirmação de que o governo estuda a extensão do auxílio emergencial com parcelas reduzidas por três ou quatro meses.
Outro ponto importante foi a aprovação do projeto de autonomia do Banco Central no Congresso. O texto vai para a sanção do presidente.
O objetivo da proposta é mitigar a influência do governo sobre o Bacen, instituição responsável pela condução da política monetária. Essa diferenciação institucional é considerada um requisito para uma economia robusta e com responsabilidade fiscal e monetária.
O movimento pode ser bem recebido pelo mercado, que segundo Bolsonaro, anda muito "irritadinho", impedindo a busca de soluções para assuntos como impostos e preço da gasolina, segundo o presidente.
“Nós queremos tratar da diminuição dos impostos num clima de tranquilidade e não num clima conflituoso no Brasil. E o pessoal do mercado, qualquer coisa que se fala aqui, vocês ficam aí irritadinhos na ponta da linha, né. Sobe dólar, cai a bolsa”
Poxa mercado, ajuda o presidente aí 😢.
Mercado financeiro: Falando no irritadinho, o Ibovespa fechou a semana anterior ao Carnaval em queda (-0,67%), a 119.429 pontos, mas ainda operando naquele canal de alta iniciado em outubro/2020.
Gráfico diário do IBOV (Ibovespa)
Fonte: TradingView
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