Em países com números melhores em relação à pandemia, como o Brasil, muitas pessoas já se referiam à Covid como algo do passado, plenamente superado após uma significativa cobertura vacinal. Tanto que alguns locais já discutem até a obrigatoriedade de máscaras e a ocorrência do Carnaval em 2022.
Apesar do prognóstico otimista parecer até sensato, notícias dessa semana vão na contramão do decreto de fim da pandemia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) soltou um comunicado informando que a variante B.1.1.529, reportada pela primeira vez na África do Sul, contém mutações preocupantes na sua composição.
De acordo com a equipe da OMS, evidências preliminares indicam que o risco de reinfecção por essa variante é maior. Dados recente do território sul-africano sugerem que essa mutação da Covid (denominada também de "omicron") pode ser a força-motriz por trás do pico recente de novos casos na região, no entanto, a própria OMS afirmou que precisará de algumas semanas para entender melhor a gravidade da nova variante.
Em função da descoberta, diversos países já impuseram restrições para pessoas oriundas da região sul do continente africano. O Ministro da Saúde da África do Sul, Joe Phaahla, declarou que as decisões são "injustificadas".
Enquanto governos e autoridades avaliam como reagir à omicron, investidores já adotaram o pânico e o pessimismo como postura principal diante da notícia. As Bolsas ao redor do mundo caíram fortemente, incluindo o Ibovespa, que vinha de três pregões de alta, mas devolveu os ganhos na última sessão da semana. Clima de Black Friday nas ações também.
No final das contas, mais uma semana negativa para a bolsa brasileira, que também viu o "Touro de Ouro" dar adeus ao centro de São Paulo após determinação da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana. Foi uma passagem efêmera e polêmica. Enquanto isso, o urso (símbolo do pessimismo) continua a dominar o mercado brasileiro nesse segundo semestre de 2021. Talvez uma estátua como a de baixo seria melhor aceita.
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