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[Semana 41/52] Panorama semanal


Cenário internacional


O tema inflação nos Estados Unidos voltou à pauta dos investidores após o incômodo resultado do CPI (Consumer Price Index) de setembro: +5,4% na base anual, maior alta desde 1991. O core CPI - excluindo alimentos e combustíveis - subiu +4% em relação ao ano passado.


"Eu acho que esses números são muito perturbadores", afirmou Larry Summers, ex-Secretário do Tesouro. De acordo com o economista, o Fed está atrás da curva e que deveria fazer o "tapering" mais rápido do que está sinalizando.


Na mesma linha, Mohammed El-Erian, ex-CEO da PIMCO, declarou que essa inflação não é transitória como o banco central estadunidense costuma apontar nas suas comunicações. A recomendação para a autoridade monetária é a mesma: agir rapidamente para conter uma espiral inflacionária que seja difícil de controlar no futuro.


No ambiente internacional, o FMI divulgou o seu relatório "World Economic Outlook", no qual a instituição destaca a recuperação da economia global mesmo em meio ao avanço da Covid.


De acordo com o relatório, a pandemia é a causa-raiz de uma recuperação desequilibrada entre os países, sendo que essa divergência se deve a dois fatores: acesso à vacinação e implementação antecipada de políticas de apoio. O FMI projeta um crescimento do PIB de 5,9% em 2021, -0,1% abaixo da estimativa feita em abril deste ano.



Cenário doméstico


No Brasil, a inflação é ainda mais alta que nos Estados Unidos e já alcançou os dois dígitos na última leitura anual do IPCA. Um fator preponderante nessa dinâmica é o preço dos combustíveis, que tem continuado a sua escalada mesmo após a troca de comando na Petrobras realizada por Bolsonaro há alguns meses. O presidente declarou no decorrer da semana que tem "vontade de privatizar a companhia", frase que soou mais como afago ao mercado do que um compromisso político.


Além do aumento dos preços e a erosão que isso pode causar na sua popularidade, Bolsonaro passa a ter outra preocupação: os 11 crimes atribuídos a ele pela CPI da Covid, que vão desde charlatanismo a homicídio por omissão. Os 12 meses de encerramento do primeiro mandato prometem ser intensos.


Mesmo em meio ao constante ruído político, a bolsa brasileira teve um saldo positivo na semana. Destaque para o dólar, que fechou o período com -1% de queda frente ao real após 5 semanas seguidas de valorização.


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