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[Semana 14/52] Panorama semanal

Em uma semana pouco movimentada tivemos a divulgação do excelente relatório econômico do FMI. No Brasil, os números da Covid e a suspeita sobre novas variantes continuam a assustar, enquanto o governo começa a enfrentar mais pressão com a CPI da Pandemia.


Cenário internacional


No decorrer da semana ocorreu o 43º encontro do FMI (Fundo Monetário Internacional), instituição supranacional focada no desenvolvimento e estabilidade econômica global. A parte boa dessa reunião de banqueiro(a)s centrais, ministro(a)s e secretário(a)s de Finanças é a divulgação do World Economic Outlook, relatório que mostra a análise da equipe de economistas do FMI com as projeções para a economia global.


Na visão da entidade, a recuperação será profundamente dessincronizada devido à diferença na velocidade da vacinação entre os países. O processo de imunização, segundo o FMI, é essencial para uma retomada vigorosa e sustentável da atividade econômica.


Além desse diagnóstico, outros pontos relevantes foram levantados, como a maior fragilidade dos países pobres para enfrentar as consequências da pandemia e a evidente desconexão entre os mercados financeiros (próximos das máximas históricas em determinados centros) e a economia real (patinando entre retomada e lockdown intermitente).


De acordo com as projeções do FMI, Estados Unidos, China e Índia (esta última com crescimento de dois dígitos no PIB 😲) devem liderar essa recuperação divergente em 2021.


Mas comparando a 2020, qual dos países devem realmente experimentar aquela tão comentada recuperação em "V" neste ano de acordo com os dados do FMI?

O Brasil registrou queda menos aguda do que vários países em 2020, mas a sua recuperação deve ser mais fraca em 2021, com expectativa de crescimento abaixo da média global. Alguma novidade nisso?

 

Cenário doméstico


Falando em Brasil, a expectativa era de que os números do coronavírus apresentassem uma melhora, mas nessas horas é difícil separar a análise da torcida. As estatísticas a partir de terça refletiram os dados represados da Páscoa e mostraram que o período mais difícil no enfrentamento da Covid ainda não acabou. O país registrou os dois piores dias da pandemia no decorrer da semana e caminha a passos largos para 350 mil mortes.


Diante desse cenário, o STF (Supremo Tribunal Federal) determinou que o Senado instaurasse a CPI da Pandemia, que tem como objetivo apurar a postura omissa do governo no enfrentamento da Covid em território nacional. O presidente da casa, Rodrigo Pacheco, afirmou que a abertura do inquérito neste momento só agrava a "instabilidade institucional".


O processo deve gerar mais desgaste na imagem de Bolsonaro (se é que isso é possível) e tem o potencial de comprometer a sua popularidade nessa segunda metade do mandato. E assim vai aumentando a pressão sobre Jair e seus comandados.


O presidente, inclusive, acenou com a possibilidade de novas intervenções diretas na Petrobras após demonstrar insatisfação com os aumentos no preço do gás natural. Os acionistas da estatal não devem estar felizes: -20% de queda nas ações desde a troca de comando ordenada por Bolsonaro.

 

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