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O que aprendi com este livro - A Coragem de Ser Imperfeito

"A Coragem de Ser Imperfeito" foi a minha primeira leitura de 2021 e, sem dúvidas, estará entre as melhores até o final deste ano. A autora do livro é Brené Brown, que durante anos pesquisou a vulnerabilidade e a forma como as pessoas lidam com esse sentimento.


A mensagem da obra é profunda e muito relevante. Discuto abaixo alguns aprendizados importantes que tive com esse livro.

"Se desejamos uma clareza maior em nossos objetivos ou uma vida espiritual mais significativa, a vulnerabilidade com certeza é o caminho.
Sei que é difícil acreditar nisso, sobretudo quando passamos tanto tempo achando que vulnerabilidade e fraqueza são sinônimos, mas é a pura verdade. Vulnerabilidade é incerteza, risco e exposição emocional."
Brené Brown

Cultura da escassez


Brené Brown chama atenção para a "hiperconsciência da falta", noção prevalente e incentivada nos dias de hoje. Sob influência de propagandas e redes sociais, acreditamos que nunca somos/temos o suficiente e que devemos sempre buscar os padrões inatingíveis fomentados pela mídia e influencers.

"Para mim e para muitos de nós, o primeiro pensamento do dia, ainda na cama, é: “Não dormi o suficiente.” O seguinte é: “Não tenho tempo suficiente.” Esse pensamento de não suficiência vem a nós automaticamente, antes mesmo de podermos nos dar conta de sua presença ou examiná-lo."
Lynne Twist

Esse sentimento de escassez gera um vazio na nossa consciência, o qual tentamos preencher com mais consumo, mais volume de trabalho, mais conquistas.


Você já teve a experiência de alcançar um objetivo e nem sequer comemorar, já mirando o próximo alvo em seguida? Pois é. Geralmente colocamos a condição de cumprirmos algumas metas para nos sentirmos completos, um sintoma dessa hiperconsciência da falta.


O oposto da cultura de escassez é o pensamento de abundância, que gera autovalorização e gratidão, sensações que raramente cultivamos.


Vergonha


Sentimento universal e primitiva, a vergonha nos faz acreditar que somos indignos. Isso ocorre quando a nossa autoestima está atrelada à forma como as pessoas recebem a nossa imagem, personalidade, produto ou obra.


Essa dinâmica é perigosa porque:

1) Você pode retirar alguma camada de criatividade do seu trabalho visando melhorar a sua receptividade;

2) Você se arrisca menos e condiciona o seu sucesso à forma como as pessoas vão receber a sua obra.


Esses dois aspectos atrofiam a nossa capacidade de inovar. Quando somos dominados pela vergonha, damos pouco espaço à criatividade e nos tornamos extremamente avessos ao risco.

"O assassino secreto da inovação é a vergonha."
Peter Sheahan

Nesse caso, a autovalorização é fundamental e inspira a vulnerabilidade, nos dando a capacidade de compartilhar as nossas obras sem reservas e aprender a cada falha. Reconhecer a existência e o peso da vergonha nas nossas vidas é fundamental para colocá-la sob o nosso controle.

"A Resistência usa o medo da rejeição para nos paralisar e nos impedir de não só concluir o nosso trabalho, mas também de submetê-lo à avaliação pública. Eu tinha um querido amigo que trabalhou durante anos em um livro excelente e profundamente pessoal. Estava feito. Ele preparou a obra para envio, mas não conseguiu. O medo da rejeição o abateu."
Steven Pressfield

Além desses princípios relevantes, Brené Brown discute como a vulnerabilidade se manifesta nas relações de trabalho, educação e laços pessoais.


Uma grande qualidade do livro é a quantidade de exemplos do cotidiano que a autora usa para explicar os princípios ensinados. Isso não só torna a leitura leve, como também permite ao leitor(a) entender a aplicação dos conceitos de forma prática e concreta, algo raro em livros de desenvolvimento pessoal.


Recomendo muito a leitura dessa obra.

 

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