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[Resenha] A Guerra da Arte, por Steven Pressfield

Inimigo invisível, interno, poderoso e pertinaz. Assim é apresentada a "Resistência", vilão do livro "A Guerra da Arte" (original, The War of Art) escrito por Steven Pressfield, autor de Gates of Fire e The Virtues of War. O título do livro é uma interessante referência ao clássico A Arte da Guerra, do famoso general chinês Sun Tzu.

Um empreendedor com dificuldade para executar projetos importantes, uma escritora que não consegue completar um livro, um pintor incapaz de finalizar a sua tela. Essas situações manifestam a prevalência da Resistência, que coloca obstáculos na caminhada de uma pessoa com objetivos ambiciosos e importantes.


O foco principal do livro é no bloqueio à criatividade artística, principalmente quando a obra está próxima do final. Nesse momento, segundo Pressfield, a Resistência é ainda mais poderosa. Mas ela não está presente apenas nessa área, mas sim em qualquer objetivo importante que envolve adiar prazeres momentâneos: dieta alimentar, estudos, mudança de hábito, desenvolvimento espiritual. Alguns sintomas associados a esse inimigo são: procrastinação, dramatização e vitimismo. É necessário assumir a responsabilidade, esquecer as desculpas e começar a executar agora.


A Resistência recruta aliados: familiares, amigos, colegas de trabalho. Pessoas próximas podem se opor e lançar dúvidas a uma empreitada que arde no seu coração, e isso é um sinal da Resistência também.


Mas afinal, como vencer esse inimigo e concretizar os seus projetos? Aqui vem uma mensagem muito importante do livro e que pode decepcionar quem espera fórmulas prontas e receitas definitivas: é necessário reconhecer a existência desse inimigo e continuar lutando com as suas forças. A Resistência nunca desaparecerá completamente, mas a luta se torna mais fácil com o tempo, conforme você aprende as técnicas e subterfúgios utilizados contra você.


Essa luta não é leve e esportiva. É uma guerra e envolve suor e lágrimas. Mas esse combate envolve sonhos, portanto, é uma luta real para evitar a morte deles.


O autor faz, inclusive, uma reflexão interessante e polêmica no livro. Adolf Hitler tinha aspirações artísticas e chegou a se mudar para Vienna, capital da Áustria, em busca do objetivo de se torna um pintor. A Resistência, no entanto, derrotou Hitler, que desistiu da carreira de artista e se tornou líder do governo nazista. Para ele, foi mais fácil começar uma guerra mundial do que enfrentar um quadro branco e ser criativo.


A Guerra da Arte é recomendado para qualquer pessoa que tem algum sonho ou objetivo ambicioso, mas que até o momento não teve forças para atuar na sua realização.


Regra de Ouro, segundo o autor: quanto mais importante for para a sua evolução um determinado chamado ou ação, mais Resistência você vai sentir nesse empreendimento.

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