Filho de carpinteiro e natural da região do Vêneto, Andrea Mantegna foi um dos maiores artistas do Renascimento Italiano.
Duas características peculiares chamam a atenção no seu trabalho: a influência da escultura na representação do corpo humano (rígido e definido) e o uso diferenciado da perspectiva, como na sua icônica pintura Cristo Morto.
A obra retrata Jesus Cristo deitado no leito de morte após a crucificação. O aspecto tridimensional e ortogonal foi uma inovação na época, fazendo a pessoa se sentir dentro da sepultura e diante do cadáver Cristo, aos seus pés.
A face de Jesus está voltada para a luz, direção contrária à Maria e João, que choram a sua morte juntamente com uma terceira pessoa que seria supostamente Maria Madalena. O rosto de Cristo passa a imagem de um breve sono após trabalho intenso, deitado em um belo travesseiro com marcas d'água.
Acredita-se que a obra foi feita para a capela funerária do próprio Mantegna, mas acabou vendida pelos seus filhos na época para a amortização de dívidas. Atualmente, a obra está na Pinacoteca di Brera, em Milão.
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