Os resultados mais relevantes dessa semana vêm do Brasil, Estados Unidos e Alemanha:
Terça-feira (11/02): Divulgação da ata da 228ª reunião do COPOM, na qual houve corte da taxa de juros de 4,50% para 4,25%;
Quarta-feira (12/02): Vendas do varejo em dezembro;
Quinta-feira (13/02): Taxa de inflação nos Estados Unidos com base nos dados de janeiro, com expectativa de resultado de 2,3% nos últimos 12 meses;
Sexta-feira (14/02): PIB da Alemanha e da Zona do Euro referente ao último trimestre de 2019.
No decorrer da última semana, o COPOM (Comitê de Política Monetária) realizou um corte de 25 bps na taxa de juros, confirmando a análise da ata da reunião do Comitê em 2019, que pode ser lida neste artigo. O movimento era esperado pelo mercado após números fracos da atividade industrial, mas o Banco Central sinalizou que o ciclo de corte de juros foi encerrado, enquanto os dados econômicos continuarão a ser observados.
O Fed divulgou o Relatório de Política Monetária, apresentado ao Congresso dos Estados Unidos, no qual afirma que o coronavírus representa um novo risco para o cenário econômico mundial. Até o momento, são 814 mortes e mais de 37 mil infectados. Na última sexta (07/02) morreu o doutor Li Wenliang, o primeiro a relatar o problema do vírus. Essa morte significativa levantou questionamentos sobre as autoridades chinesas, que reprimiram os chamados de alerta do médico durante o início da epidemia.
Ainda é difícil estimar a magnitude da perda para a economia chinesa em decorrência do coronavírus, no entanto, o JP Morgan realizou esse exercício e indicou que o PIB da China deve expandir apenas 1,0% no primeiro trimestre de 2020, bem abaixo da estimativa inicial de 4,9%. A economia do Brasil pode ser afetada, já que os chineses são os principais parceiros comerciais do país.
Após o controle da epidemia, que ocorrerá em algum momento, certamente será feito o questionamento: qual será a frequência desse tipo de evento extremo, especificamente na parte de novos vírus (SARS, Ebola, Coronavírus)? Apesar de não haver uma resposta, o Sudeste Asiático, reconhecido pela sua pujança econômica, é considerada uma região frágil nesse tipo de contexto, como o do próprio coronavírus, por dois fatores principais: rápida urbanização e cadeias de suprimentos integradas, que aumentam a mobilidade social e facilita a transmissão de doenças entre humanos; envelhecimento acelerado da população, que aumenta a mortalidade de um vírus pela menor resistência do sistema imunológico de pessoas idosas.
Segundo o estrategista geopolítico Parag Khanna, o futuro é asiático. Entretanto, o futuro também é incerto.
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